Fora
de sistema
Por Paulo Tarciso
Hoje o dia inteiro
No fórum e Distribuição
Ficamos sem o sistema
“Atados os pés e as mãos”
Sem podermos fazer nada
Manhã e tarde paradas
Sem nenhuma produção.
Serviço tem e de monte
Mas como, sem cadastrar?
Apenas o telefone
Podemos então usar
Avisar ao Tribunal
E um recado legal
Ficamos a esperar.
É como corpo sem alma
Ou mesmo sem ter cabeça
Não tem como funcionar
Por mais que apresente a queixa
Coisa da modernidade
Não tem dó nem piedade
De fato é uma peleja.
Dizem que a mordenidade
Tem dessas coisas meu bem
Qualquer dia dá uma bronca
E todos ficam refém
Dessa tal de informática
Problemas qual matemática
Disso não escapa ninguém.
“Estamos sem o sistema”
Ou mesmo “fora do ar”
No banco ou no hospital
É frase bem popular
Correio, Celpe ou Compesa
No fórum ou na empresa
Vez em quando ouço falar.
Uma dileta amiga
Fala pra mim vez em quando
Qualquer hora ou qualquer dia
Não sei a hora ou o ano
Dar um colapso completo
E mesmo os mais espertos
Perdem seus dados e seus planos.
O mundo inteiro então pára
E os dados que foram salvos
Desaparecem em segundos
E homens vão ficar calvos
Tentando recuperar
Pra tudo recomeçar
E alcançar o seu alvo.
Como disse Raul Seixas
“No dia que a terra parou”
Pode chegar o momento
Que alguém até duvidou
E as redes sociais
Deixar de ser eficaz
Causar grande dissabor.
Principalmente aos mais jovens
Que hoje são viciados
O dia inteiro na linha
No faceboock colados
Nem dormem e nem estudam mais
“Zoinho” pra frente e pra trás
Deixando os pais azuados.
Zap-Zap se sumindo
Sei que endoida muita gente
Pois já usa todo mundo
De “analfa” a inteligente
É uma arma importante
Igual o autofalante
Sumindo fica impotente.
Caso isso acontecesse
Deixasse de
existir
Informática e
internet
Todos iriam sentir
Prejuízo em
grande monta
Sem ter mais
senha nem conta
Adeus tanto ti
ti ti.
Mas como em
tudo na vida
Tiramos algum
proveito
Uma coisa
positiva
Entraria nesse
pleito
De volta para o
passado
Livro impresso
a ser comprado
Mais diálogo e
mais respeito.
As crianças
voltariam
Brincar de
pipa e peão
Da peteca lá
no alto
Barra bandeira
e pinhão
Carrinhos de
roliman
Correr de
índio e Tarzan
E até adivinhação.
Nossos jovens
voltariam
Ter amigos de
verdade
Amigos quase
irmãos
Que hoje em dia é raridade
Muitos amigos virtuais
Ao vivo
grandes rivais
Na rede só
falsidade.
Amigos se
falariam
Ao vivo e ao
outro vendo
E o abraço
virtual
As vezes frio
e a destempo
Seria franco e
real
Bem caloroso e
leal
Como era
noutro tempo.
Tudo isso são
delírios
Ou pura reflexão
Ficar fora do
sistema
Sim pode dar
confusão
Por isso muito
cuidado
Não seja então
viciado
Nem viva da
enganação.
Buíque, 22 de Junho de 2016
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