D e d i c a
t ó r i a
Dedico este humilde trabalho a dois
mestres da Faculdade de Direito
de Caruaru, ANA MARIA BARROS, brilhante e competente professora
que muito me incentivou na
apresentação do mesmo em forma de poesia e, também, à memória do professor EDILSON DE GÓIS, incansável lutador por uma sociedade mais justa, que depois de tantos
ensinamentos em sala
de aula e na vida prática, foi chamado para o andar
superior, deixando
uma lacuna impreenchível em nossa sociedade, especialmente
para este
que teve o privilégio de ser seu aluno.
O autor
Paulo
Tarciso Freire de Almeida
Buíque-PE,
12 de março de 2007
E-mail: paulocordel@hotmail.com
O
PRÍNCIPE
Do Clássico
de Maquiavel, para linguagem cordelista
Por Paulo
Tarciso Freire de Almeida
Com licença
professora
Caros colegas
também,
Pra
comentar sobre um livro
Escrito
por um alguém
Que deve estar
lá no céu
Seu nome Maquiavel
Sua mensagem
contém:
Se você quer
ser um príncipe
Vamos aqui
conversar:
Vou lhe dar
alguns conselhos
Quem sabe vão te ajudar?
Use deles com
coragem
Inicie sua viagem,
Boa sorte e
até lá!
Diz o referido
livro
Já na sua
introdução
Que pra
conquistar um Rei
Seja de qualquer
nação,
É só
presentes lhe dar
Dos mais caros
que encontrar
Pra causar boa
impressão.
Dos presentes
que o autor
Entendeu ter
mais valia
Foi o livro
que escreveu
Com conselhos
noite e dia,
Pra se ter um
bom reinado
Um governo
sossegado
E viver em
harmonia.
Diz ainda no
início
Que para se
conhecer
O povo de um
lugar
É preciso
príncipe ser
E pra
entender um Rei
Seja ele
bonito ou “fei”
Com o povo vá
conviver!.
Todos os
Estados e governos
Que
autoridade têm
Sobre homens
subalternos
Seja mil,
cinqüenta ou cem
São
Repúblicas ou principados
Nobres e
hereditários
Que o poder
ali detém.
Já no capítulo segundo
Diz que para se preservar
Um Estado hereditário
Sem conflito ali gerar
É não mudar os costumes
E qualquer ato fortúito
Depois contemporizar.
Se um governo é forte
E mostra capacidade
Se manterá no poder
Do país ou da cidade
Sem precisar de ofensas
Evitando assim descrença
E terá felicidade.
No capítulo número três
Ele diz com maestria
Que nos principados novos
É difícil e avalia:
Que o povo insatisfeito
Muda de Rei ou prefeito
E se arrepende no outro dia.
Enfraquecer os mais fortes
É ordem e obrigação
Para ter mais segurança
Em seu reino e seu torrão
Se livrar dos forasteiros
Pois estes são traiçoeiros
E querem tem ver no chão.
Se por acaso em teu reino
Vir formar rebelião
Corta logo na raiz
Para evitar confusão,
Quanto mais antes melhor
Se tardar vai virar nó,
Como desatar então?
Duas formas de governo
Príncipes
e servos, o primeiro,
Que é por graça ou concessão
De um príncipe verdadeiro
Que de perto auxilia
Te protege noite e dia
Com ministros o ano inteiro.
Outra forma de governo
É dos príncipes e barões
Não por graça do senhor
Mas por sangue e tradições
E pela antigüidade
Dos mais ricos da cidade,
Seus exemplos e ações.
Já diz o capítulo cinco
Eu quero aqui destacar
Que pra governar um povo
Os meios de conservar
O primeiro é arruiná-lo
O segundo é habitá-lo
E imposto arrecadar.
Ter um povo como amigo
É receita sem igual
Pois sem este apoiando
Será seu maior rival
Pra se ter paz na cidade
Sem ter adversidade,
Trate o povo bem, não mal!
Lutar com armas alheias
Conselho sábio não é
Caem de
cima ou pesam embaixo
E
constrangem até a fé
Vejam o exemplo da Davi
Preferiu à luta ir,
Sozinho e ficou de pé.
Manter a palavra dada
Perigoso pode ser
Se for preciso mudar
Pro seu governo vencer
Mude da água pro vinho
Depressa ou “devagarzinho”
Muitos nem vão nem perceber.
Quando o povo está em crise
E quer revolta criar
Faça festa para ele
Que a coisa pega a mudar:
Música, dança, “pão e circo”
Bebida e um bom apetisco
Até o dia raiar.
“O meio
justifica o fim”
Em qualquer tempo ou lugar
Mas cuidado nessa frase
Pra depois não se “ferrar”
Pois neste mundo atrevido
Quem não engole é engolido,
É preciso esperto está!.
Fazendo a suma de tudo
Pelo que foi percebido,
Esse livro é bem polêmico
Ao tempo tem resistido
Visto em toda faculdade
Escola e Universidade
E é o pai
dos políticos.
E pra encerrar minha parte
Quero a todos agradecer
Por me ouvir com paciência
E só assim aprender,
Redação em poesia
Professora ANA MARIA,
Um abraço pra você.
Observação
cursava o primeiro período de Direito e tinha como professora a Doutora Ana Maria Barros.
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