Pois
é, Roberto Carlos, o rei da juventude esteve aqui em Buíque. O show aconteceu no
centro da cidade, com a presença de cerca de cinquenta mil pessoas, espalhadas
na praça central, auxiliada por três telões que davam uma visão especial para as
pessoas que assistiam o show pela Av. Cel. Antonio Cavalcanti, outro telão estava
montado rua Osório Galvão e por fim o outro ficava na Av. Jonas Camelo, já que
na praça central não comportava tão grande multidão, que formava uma espécie de
cruz, sendo a cabeça central em frente a casa de D. Teté e seu Paulo (como as festas
do comércio de antigamente), o braço direito subia pela rua Osorio Galvão e o
outro braço, o esquerdo, seguia pela Av. Cel. Antonio Cavalcanti, enquanto o pé
da cruz seguida pela Av. Jonas Camelo.
O grupo musical “Som Bléss Set”, se
apresentava enquanto a atração principal chegava à cidade. A banda cantava
sucessos atuais e também velhas canções dos anos 80, sendo aplaudida
em cada canção que era encerrada. De repente a banda concluiu sua apresentação
e poucos minutos depois convidaram ao palco: "-Senhoras e senhores, com vocês, Robeeeeerrtto
Caaarlos !".
Parecia que a terra estava tremendo de tantos gritos e aplausos. Entra
no palco o Rei da Juventude para executar o show mais esperando dos buiquenses.
A surpresa foi que a música que abriu o espetáculo não foi a tradicionalíssima “Emoções”,
mas “O amor é isso” nova gravação do seu amigo e parceiro musical Erasmo
Carlos. Foi bastante aplaudido pela multidão. A seguir, Roberto cantou “As
curvas da estrada de Santos”, e quando começava a cantar a terceira canção, deu
problema na energia da praça, o que causou uma pane no equipamento de som, gerando
um grande êh, êh, e êh êh, êh, êh, êh, êh !. Os produtores do show acenderam algumas lanternas, conduzindo o Roberto
para um camarim instalado no palco, enquanto os engenheiros do som tentavam
encontrar a falha.
A escuridão na rua reinava, enquanto milhares de "lanterninhas" de celulares
tentavam trazer alguma claridade para a população. De repente, tudo voltou ao
normal. Os produtores explicaram o que aconteceu, pediram esculpas pelo imprevisto
e Roberto voltou a cantar, com o olhar
um pouco abatido, mas artisticamente conseguindo disfarçar. O problema foi que
em menos de cinco minutos, nova pane e
tudo foi paralisado. A multidão ainda esperou vinte, trinta minutos, mas como o
problema não foi solucionado, foi anunciado em uma pequena caixa de som ligada à
bateria automotiva, que o show havia sido cancelado e que nova data seria anunciada
posteriormente.
Como era noite de lua, ao longe se via as multidões retornando
para suas casas, enquanto um ônibus de luxo se aproximou do palco, saindo de lá
conduzindo Roberto Carlos e sua orquestra. Eu ainda tentei me aproximar para presentear
o astro com o meu novo livro, mas não consegui, entretanto, ao saber do meu
esforço para me aproximar, o astro pediu para permitissem a minha entrada no ônibus para que pudesse receber o meu
presente. Foi um momento ímpar. Quando retornava para casa, escutei a voz de uma criança chorando.
Era o meu sobrinho, na casa vizinha que havia se acordado no meio da madrugada,
dai eu me acordei e percebi que tudo não passou de um sonho. Foi apenas um sonho que tive na noite passada.
Belíssimo texto! Suspense do início ao fim. Parabéns grande escritor, orgulho do nosso município...
ResponderExcluirLegal
ResponderExcluirBem o que eu buscava sobre bateria para carro!
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